terça-feira, 1 de maio de 2012

Harmonização e Autoconhecimento

Hoje com a disponibilidade e amor ao próximo o principal trabalho do Terapeuta holístico é fazer com que o cliente tome consciência de nossa capacidade ignorada que é descobrir o autocurador que há neles mesmos. Para chegar a esta conclusão fiquei focado na utilização da Radiestesia e Radiônica, onde com o conhecimento e correção das energias de cada cliente consegui encontrar as respostas de poderes e a forças divinas de cada momento de ligação a Deus (criador e criatura).

Através do autodescobrimento e o querer de estar e sentir com propriedade e respeito por eles mesmos. Cheguei conclusão de que com o pensamento e as vontades poderemos restaurar e aperfeiçoar nossas estruturas celulares lesadas, inicialmente equilibrando nossa anatomia áurea, para, depois reestruturar tecidos e órgãos físicos em desarmonia. Com o uso de varias técnicas holísticas que temos nos aperfeiçoados através dos tempos. Hoje, mais do que nunca, podemos entender perfeitamente a razão pela qual o maior dos terapeutas Jesus Cristo enunciava as mesmas palavras no ato da cura: “Atua fé te salvou”.


Na busca do entendimento de nossas ações e atitudes e compreensão dos desequilíbrios; nosso modo de viver e de administrar nossas emoções faz com que nossos corpos (físico e emocional) se organizem em padrões específicos tanto no meio interno como no espaço que ocupamos externamente. Nossas emoções se corporificam, desorganizando ou reorganizando nossos tecidos interiores podendo nos tornar cada vez mais fortes e saudáveis ou criar os parasitas da energia vital ( células disformes) que vai se alimentando de nossas próprias células em um movimento de canibalismo celular.

Temos que compreender e sentir verdadeiramente que nossa mentalidade é a “escultora” de nosso corpo físico; em razão da maleabilidade de nossa áurea, ela comanda as funções internas e externas, esculpindo em grande parte o organismo humano.

O que sentimos durante todo o dia?

Quais emoções fazem parte de nosso cotidiano?

Pense bem, o medo nos dá uma sensação que aprisiona, o pranto nos alivia, o perdão nos liberta, a magoa nos adoece, o amor nos cura, a ansiedade nos enfraquece, a insegurança nos desmotiva, a rigidez nos inibe, a culpa nos constrange, a ilusão nos entorpece, o orgulho nos martiriza, a crueldade nos agride, a preocupação nos paralisa; tantos pensamentos que percorrem pela nossa mente que o nosso corpo tem que administrar, guardar, expelir, questionar.

Tensionamos nossa postura corporal, paralisando, inflando, desviando, esticando, contraindo nossos músculos. Organizamos nossos espaços internos e externos de acordo com nossas relações emocionais com os outros e com nós mesmos.

Os desequilíbrios da mente fazem com que ela perca, temporariamente, o governo de si mesma, permitindo que os tênues tecidos do corpo áurico se perturbem, desorganizem-se, moldando-se em condições anormais. A verdadeira localização dos distúrbios mentais raramente se encontra no vaso fisiológico, mas quase sempre no corpo áurico, em virtude das deficiências mentais e/ou emocionais cultivadas a longo prazo pela criatura em desalinho.

Quando estamos desequilibrados, em má qualidade de vida, aflito, inseguro etc... Estamos entrando n o inicio de um processo de desligamento intimo da criatura com criador, do estar saudável para ficar doente, estamos abrindo mão de nosso poder que é a força do pensamento que influencia o próprio destino humano. O ato de pensar é um dos mais poderosos recursos do individuo; é a própria capacidade da mente de transformar ondas energéticas, dando-lhes solidez, forma e sentido, é elevar nossa freqüência. A matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando na manutenção e na estrutura do corpo físico.

Em virtude disso, estando o corpo material intimamente ligado á alma, suas células são constituídas conforme as disposições áuricas das criaturas; por isso que o organismo enfermo, na verdade, reflete atos e atitudes em desarmonia. A insanidade está orientada por elementos sensíveis, de determinação espiritual.

O equilíbrio e a qualidade de vida sem duvida nenhuma pode ser alcançada e mantida, só depende mesmo desta compreensão que o que buscamos de fato esta dentro de nós e somente com o uso do amor verdadeiro interno e externo que a encontraremos.


Texto extraido de:http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/aconselhamento/323-autoconhecimento#ixzz1s5oqpFUt 
Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

terça-feira, 6 de março de 2012

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Introdução ao Vedanta

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O que é Vedanta?

Vedanta é uma tradição de ensinamento que leva cada um a descobrir que é toda felicidade que sempre buscou.

Objetivo da vida
O objetivo da vida é a felicidade. É o que todos buscamos. Mas, tentando ser felizes, encontramos sempre este problema que é o conflito. Os conflitos não podem ser evitados pois o mundo é dual. Nós temos sempre diante de nós várias opções e precisamos fazer nossas escolhas, o que requer muito questionamento. Em qualquer situação, mesmo nas menores coisas, o conflito está sempre presente. Pela manhã, precisamos decidir se levantamos logo que toca o despertador ou se esperamos um pouco mais, “só mais dez minutinhos”. Ao sair de casa, a mesma coisa, “vou de carro ou vou de ônibus; ou será que vou de taxi; ou será que vou de carona com alguém?”. A pessoa que fica em casa também tem seus problemas: “será que eu faço arroz ou será que eu não faço arroz?” Constantemente em nossas vidas temos de fazer opções e, ao decidir, ainda corremos o risco de concluir depois: “Não foi a melhor opção. Eu deveria ter escolhido outra coisa.”


A descoberta do Ser Real
Entretanto, só existe conflito porque existe uma capacidade de escolha que é peculiar ao ser humano. Animais são guiados por instintos, e por isso não têm este tipo de problema. Na verdade,  eles parecem estar todos muito bem, sem problema nenhum. Um animal age sem escolha, guiado por sua natureza, sem questionamento, sem conflito. Um animal nunca pode ser muito diferente do que está programado para ser, mas um ser humano pode escolher, e só por ser capaz de escolher, pode escolher o melhor para si mesmo. Um ser humano pode escolher ser livre, escolhendo descobrir o Ser Real e preencher a sua vida. Este momento é muito importante na vida de uma pessoa. É neste momento que, na Gita, Arjuna vira-se para Shri Krshna e pede shreyas. Shreyas é a liberação do sentimento de ser infeliz, limitado, um sofredor. A satisfação através dos sentidos é chamada preyas. É o que nós nos habituamos a buscar nas nossas experiências no mundo. Shreyas é o bem absoluto, a liberação -  Moksha. O objetivo do estudode Vedanta é o conhecimento do ser pleno essencial que já é cada um de nós. Passo a passo, Vedanta vai mostrar a cada um como, em si mesmo, cada um é esta felicidade que nós nos habituamos a buscar no mundo.

Uma bênção

Em todas as áreas da sua vida, um ser humano é abençoado com uma maior sensibilidade do intelecto e da mente e, portanto, com a capacidade de olhar para si mesmo. É o buddhi – o intelecto – que diferencia o ser humano dos outros seres vivos. É uma grande bênção que possamos questionar, analisar, escolher. E junto com esta capacidade de questionamento está a auto-consciência. Somos conscientes do mundo ao nosso redor, conscientes de nós mesmos, conscientes das nossas escolhas, dos nossos valores. Porque temos consciência dos nossos valores podemos optar de acordo com eles. Nós podemos até achar a vaca maravilhosa porque ela é vegetariana, mas ela não fez nenhum questionamento para isso. Ela não estudou para isso. Ela não tem nenhum mérito especial por ser assim. Ela, na verdade, não poderia ser diferente. Um ser humano, entretanto, não segue um “padrão humano”. A cada momento um ser humano pode escolher o que faz, o que come, escolher a melhor forma de viver a sua vida.
Esta mesma mente que é uma grade benção, pois faz do ser humano um ser especial na criação, também pode faze-lo miserável, pois existe a dúvida ; “Mas será que é isto mesmo o melhor para mim?” É por isso que, debaixo de um grande sofrimento, com dúvidas sobre o que exatamente seria o melhor a fazer numa determinada situação, podemos olhar para algum animal e pensar: “Seria muito melhor se eu fosse um cachorrinho como aquele, sem problema nenhum. Ele não pensa em nada, só está ali, em paz. Em paz como uma vaca na Índia. Veja que expressão ela tem! Andando, satisfeita, lá vai ela. Principalmente na Índia, aonde todo mundo respeita os animais, especialmente as vacas. Se ela resolver tomar conta da calçada, todos vão dar a volta sem atropelá-la. Podemos até olhar para ela e imaginar: ‘Eu seria muito mais feliz se fosse aquela vaca’. Mesmo um outro animal, como uma serpente, por exemplo, nunca pensa: ‘Será que eu devo picar esta pessoa? Será que é correto feri-la?’ ” Ela é impulsionada pela sua natureza. Age e ponto final. Mesmo tendo picado, é conflito zero. Mas para o ser humano é conflito antes e conflito depois. É a dúvida “será que eu faço, será que eu não faço?”. E tendo feito, eu ainda posso pensar que devia ter feito diferente.

O Vedanta analisa as experiências
O estudo de Vedanta vai nos levar a um questionamento dos nossos valores, das nossas atitudes, da nossa visão das realidades da vida. No processo, nós vamos lidar com a mente, entender melhor como ela funciona. Vamos também questionar a nossa relação com este universo e o seu criador – Deus. Vamos lidar com vários temas mas o tema principal do estudo de Vedanta é a descoberta do Ser pleno, completo e feliz que já é cada um de nós.
Como uma parte do questionamento do “eu” (Atma), Vedanta analisa os nossos estados de experiência. Isto é muito importante, embora quase ninguém dê importância para isso. Geralmente, nós não consideramos o estado de sono profundo como parte da nossa experiência. Algumas linhas de psicologia dão valor para os sonhos – principalmente os junguianos – mas de modo geral, só o estado acordado é considerado como realidade. Em Vedanta, entretanto, a análise destes três estados de consciência (i.e. acordado, sonhando e sono profundo) é fundamental. Consideramos o seguinte: quando estou acordado, o real é o estado acordado, mas quando estou sonhando, o real é o sonhando. Tudo no sonho é muito real enquanto ele está acontecendo. Não há interferência do estado acordado com o sonhando; o que é real em um não serve para o outro. Mesmo estando coberto posso sentir frio no sonho e isto será muito real... enquanto durar o sonho. A mais importante é a análise do sono profundo isto porque no sono profundo eu estou totalmente apagado para o mundo, eu não vejo nada, eu não penso nada e ainda assim eu estou bem! Diariamente nós temos essa experiência de “estar consigo mesmo e estar bem”. Esta análise de sono profundo mostra que é possível esta felicidade – eu comigo mesmo. Quer dizer: se sempre que eu estou comigo mesmo, eu estou bem, eu estou feliz, isto significa que eu sou a felicidade que eu tanto busco. Felicidade é a minha natureza essencial.

Estar bem é estar comigo mesmo
No sono profundo, diariamente, todos nós temos esta experiência: “eu estou comigo mesmo e estou bem”. Isto mostra que a felicidade não é algo que eu vá adquirir de algum objeto. A felicidade não existe fora de nós. A felicidade não é diferente de mim. Eu estou bem sempre que estou comigo mesmo. No sono profundo a mente não está agitada, insatisfeita. Existem desejos no sonho e existem desejos no estado acordado, mas no sono profundo não há nada e, ainda assim, eu estou bem. Ao acordar eu sei que eu dormi bem. Eu estava bem. Logo, o que eu preciso para estar bem, para ser feliz, é estar comigo mesmo.
Os problemas aparecem quando não conseguimos lidar com o mundo como ele é. O mundo não cria problemas; o mundo cria situações que nós podemos interpretar como sendo um problema. O mundo é dualidade. Às vezes está frio, às vezes calor. Às vezes tudo está bem, às vezes as coisas não vão tão bem. É importante sim, ter uma mente tranqüila, com a qual se possa lidar – o que é yoga – mas Vedanta não tem como objetivo trabalhar a mente. Isto tudo é muito útil, inclusive para o estudo, mas não vai resolver o problema básico da vida humana. Disciplinar ou mesmo purificar a mente não soluciona a minha insatisfação. É necessário compreender a natureza da insatisfação e do sofrimento, que é uma visão inadequada, parcial de mim mesmo.

A minha natureza essencial
Quem eu sou? Quem de fato eu sou? Qual a minha natureza essencial? Quem é este que no sono profundo, consigo mesmo, está bem? Quem é esta pessoa que nos momentos de tranqüilidade, no alto da montanha, olhando para o rio, para o oceano, tendo abandonado todas as preocupações, está bem, em harmonia com o todo? Quem é este, que quando está consigo mesmo, está pleno e feliz?  Vedanta nos leva neste questionamento passo a passo, com o auxílio das escrituras e guru, na descoberta deste Ser essencial, que eu descubro nos momentos de felicidade. O “eu” em mim que é o “eu” em cada um. Este Ser que parece que eu encontro nos momentos de meditação.
Mas eu não preciso encontrar com esta felicidade em alguma esquina, em alguns pequenos momentos da minha vida. Eu sou esta felicidade. “Eu sou este Ser pleno” é o ensinamento de Vedanta.
Somente conhecendo este “eu” que é pleno, livre de toda a limitação, é que eu posso estar bem comigo mesmo, apesar das limitações. Independente das limitações de cada situação, eu sou livre. As situações podem mudar mas o Ser que é testemunha de todas as situações, de toda a dualidade, permanece. Vedanta não quer eliminar os pensamentos e sim reconhece-los enquanto Consciência. Não é possível eliminar completamente as situações que me trazem um sentimento de limitação e sofrimento pois esta é a natureza do mundo; mas eu posso ver este Ser essencial que eu sou independente das modificações. Vedanta é o meio de conhecimento deste “eu” pleno e feliz. Vedanta é um conhecimento encontrado no final dos Vedas que são um corpo de conhecimento preservado na Índia mas que é de toda a Humanidade, de quem questiona este Ser essencial. Este Ser essencial que é cada um de nós. Somente conhecendo este Ser que é livre de limitação, eu posso estar bem em qualquer que seja a situação limitada do mundo.
Consciente de mim mesmo, sou também consciente de uma série de limitações. Esse “eu” que eu conheço é limitado. Eu sou consciente de meu corpo físico. Sendo consciente do meu corpo físico, eu também sou consciente das limitações que ele possui. Ele tem grandes capacidades, mas também grandes limitações. A mesma coisa com a minha mente, que analisa, questiona, interpreta, mas tudo dentro das suas próprias limitações. Meu sofrimento se dá porque, auto-consciente, eu me vejo consciente das minhas limitações. E ao me ver como um ser limitado, de várias maneiras limitado, eu sofro. Eu sofro porque me sinto limitado e por isso a minha felicidade também é limitada. Eu me sinto constantemente inadequado. Eu tenho poder de produzir, de alcançar, mas é limitado. Devido a esta capacidade de olhar para si mesmo, o ser humano, muitas vezes, pode não gostar do que vê. Constantemente nos damos conta das nossas limitações e sofremos, pensando em como poderíamos ser mais felizes se conseguíssemos ser diferentes. Esta mesma mente, que é uma grande bênção, também pode ser um grande problema, quando nos dá este sentimento de limitação, e nos faz estar constantemente em conflito. Se eu não estou bem comigo mesmo é porque estou vivendo somente a realidade da mente. O ser do qual eu sou consciente, que eu reconheço, é um ser limitado, por isso saber lidar com esta mente é fundamental.
A solução está, não em tentar modificar as situações nas quais eu projeto a minha insatisfação. A solução está em modificar a minha visão de mim mesmo, modificar o ser insatisfeito. Jamais uma pessoa conseguiu verdadeiramente modificar o mundo à sua vontade. Isto porque tantas outras pessoas também querem modificar o mundo e têm padrões diferentes de como este mundo deveria ser. Então jamais a solução poderia ser modificar o mundo para ajustá-lo à minha vontade. E tem mais. Por mais que eu consiga mudar, transformar o mundo a minha volta, no processo de modificar o mundo nossos valores também se modificam, e nos descobrimos desejando outras mudanças. Se eu quero realmente ser feliz, preciso reconhecer que tenho que encontrar esta felicidade em mim mesmo, independente das situações.

Eu sou felicidade
Devido à bênção deste conhecimento é possível lidar bem com todo este universo. Meu intelecto, a mente, os pensamentos estão incluídos neste universo. Se eu me vejo como o ser pleno que eu realmente sou, em qualquer situação, a plenitude será a minha base, o meu refúgio. Assim, eu posso lidar com qualquer situação! Não preciso concordar com tudo, mas posso aceitar as coisas como são, pois ninguém precisa ser diferente para me satisfazer. Quando eu preciso que as outras pessoas sejam diferentes, que o mundo seja diferente, eu tenho problemas. Isto porque, assim como eu quero que o outro mude, o outro também quer que eu mude. Quando eu estou bem comigo mesmo, posso lidar com qualquer situação, pois o meu copo já está cheio. Meu coração é grande demais, meu coração se torna amplo. Do tamanho do universo. Ele acomoda todo o universo. Eu não preciso concordar com tudo mas posso entender. Não preciso ser amigo do mundo inteiro mas posso aceitar as pessoas como são, pois é assim que elas conseguem ser. Eu não preciso modificar o mundo mas se alguém quiser mudar, eu posso colaborar. Eu estou bem porque eu sou a felicidade.


Glória Arieira
VIDYAMANDIR
Centro de Estudos de Vedanta e Sânscrito

Samkhya e a Criação

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Samkhya e a Criação

1.Introdução
Segundo o Samkhya - a filosofia pré-védica que embasa o Yoga e o Ayurveda e que classifica e estuda todo o processo da manifestação do universo - a criação começa a partir da interação de um princípio espiritual, transcedental - Purusha, com um princípio vital, material - Prakriti.

A partir daí, nossos estudos nos defrontaram com três leituras diferentes daquilo que o Samkhya, em sua ciência enumerativa, chama de Tattwas - que significa fatores, elementos, e também Verdade.

2.Segundo H.Zimmer
A partir da manifestação de Prakriti com suas gunas, surge o nível Causal - Buddhi / Mahat - a potencialidade suprapessoal das experiências.  De Buddhi manifesta-se Ahamkara, o ego, cuja função é apropriar-se dos dados da consciência e errôneamente atribui-los ao Purusha. De Ahamkara manifestam-se :
Manas (a mente, a faculdade de pensamento)
os 5 Jñana indriyas (faculdades dos sentidos )
os 5 Karma indriyas (faculdades da ação)
os 5 Tanmatras (os elementos sutís, primários, compreendidos como as contrapartes internas e sutís das 5 experiências sensoriais, a saber : som, tato, cor e forma, sabor e odor - shabda, sparsha,rupa,rasa,gandha)
os parama-anu (átomos sutis dos quais temos consciencia nas experiências do corpo sutil
os sthula bhuta ( os cinco elementos densos : éter, ar, fogo, água e terra, que constituem o corpo denso e o mundo visível e tangível, dos quais temos conhecimento pelas experiências sensoriais).

3. Segundo Dr. Vasant Lad
Da interação Purusha / Prakriti manifesta-se Mahat, que manifesta Ahamkara, e deste manifestam-se as três Gunas. De Sattwa, manifestam-se: as cinco faculdades dos sentidos (órgãos de percepção): ouvidos, pele, olhos, língua, nariz; os cinco órgãos motores (órgãos de ação): boca, mãos, pés, órgãos reprodutores, órgãos excretores; e a Mente, um órgão da percepção e da ação. De Tamas manifestam-se: som (guna do éter - akasha), tato (guna do ar - vayu, visão (guna do fogo - agni ou tejas), paladar (guna da água - apah ou jala) e olfato (guna da terra - prithivi). Rajas não manifesta nenhum tattwa em especial.
4.Segundo Shri Shankaracharya
A partir da manifestação das Gunas - dando inicio a Pancikaranam, o processo de densificação dos elementos - surgem progressivamente os 5 Tanmatras (elementos sutis) : akasha , vayu, tejas, apah e prithivi.

Cada Tanmatra divide-se em 3 partes : uma sattwica, uma rajásica uma tamásica. A parte Tamas, por sua vez divide-se em duas partes, sendo que uma delas divide-se em quatro partes, cabendo a cada parte um elemento, alternadamente.


Do aspecto sattwico do tanmatra akasha, manifesta-se o jñana indriya ouvido. Do aspecto sattwico do tanmatra vayu, manifesta-se o jñana indriya tato. Do Sattwa de apah, manifesta-se o jñana indriya paladar. Do Sattwa de prithivi, manifesta-se o olfato. Da soma do Sattwa dos cinco Tanmatras manifesta o Antakarana (Manas-mente, Buddhi-intelecto e Ahamkara-ego)
.

Do aspecto rajasico do tanmatra akasha manifesta-se o karma indriya fala. Do aspecto rajasico do tanmatra vayu manifesta-se o karma indriya mãos. Do Rajas de apah manifesta-se o karma indriya ânus. Do Rajas e prithivi manifestam-se os genitais. Da soma do Rajas dos cinco tanmatras manifestam-se os cinco pranas (akasha-udana, vayu-prana, tejas-samana, apah-vyana e prithivi-apana)

Da soma do Tamas dos cinco tanmatras manifestam-se os cinco mahabhutas correspondentes (éter,ar,fogo,água,terra).
5.Conclusão
Óbviamente que a aparente incoerência entre as 3 visões acima apresentadas - fato absolutamente corriqueiro quando se estuda filosofia oriental - reflete não uma suposta fragilidade dos sistemas filosóficos hindus ou alguma maluquice dos três autores, e sim a enorme liberdade especulativa e experimentadora característica do universo oriental.

Esta liberdade fundamenta-se não somente em função de uma enorme quilometragem de reflexão e experienciação (10.000 anos é bastante tempo) , mas também da profunda compreensão de que, se por um ponto de vista somos todos seres individuais, singulares, visto por outro prisma somos absolutamente unos. E só a reintegração desta singularidade pode proporcionar o acesso ao outro ponto de vista , isto é, à experimentação do total, do pleno, da felicidade. Esta premissa dialética básica - a relação dualidade / unidade (relativo / absoluto) é o principal fundamento do Veda, e a partir daí desdobra-se todo um universo de conhecimentos teóricos e práticos, mitológicos, teológicos, filosóficos e psicológicos, cujo objetivo é suprir justamente a demanda da nossa singularidade rumo ao Uno.

É óbvio que uma só religião ou uma só filosofia não poderiam funcionar para todos, em todos os tempos. Cada um é um microcosmo absolutamente ímpar, e para cada natureza deve haver uma leitura, um método, uma forma de caminhar rumo à um mesmo centro.


Esse magnífico mosaico milenar que é a cultura védica, manteve-se ao longo dos milênios intuindo, desdobrando, experimentando e desenvolvendo técnicas, métodos e visões filosóficas de diversos níveis e abrangências
.

As três visões do Samkhya aqui apresentadas refletem este espírito investigativo característico, onde prática, conhecimento e intuição , são as grandes ferramentas para compreensão dos textos antigos. E aí, ao longo das eras, os sábios foram relendo, adaptando, resumindo ou ampliando os comentários dos textos originais, sempre buscando atender à esta diversidade inerente ao ser humano, e também seguindo a própria natureza do homem que é sempre fundamentar sua exposição ou comentário sobre qualquer assunto, em sua própria experiência interna. Aliás, uma característica dos Vedas é terem sido elaborados para serem decifrados e comentados por aqueles que tiveram a experiência do Um, seguindo assim a idéia de "realize, depois ensine" , o que manteve no decorrer dos séculos a pureza dos ensinamentos.


Como não há uma conclusão formal, sugiro a reflexão sobre o tema presente buscando estudar e compreender - e intuir - os aspectos simbólicos (arquetípicos) que permeiam os tattwas e os processos de seu desdobramento.

BIBLIOGRAFIA

1. Filosofias da India: Heinrich Zimmer - Ed. Palas Athena
2. Ayurveda, Ciência da Auto-cura: Dr. Vasant Lad - Ed. Ground
3. Tattwabodha: Sri Shankaracharya (tradução de Glória Arieira)
4. Os segredos do Tantra e do Yoga: Paulo Murilo Rosas



Ernani Fornari

espasaude@terra.com.br
ESPAÇO SAÚDE

O filósofo védico

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O filósofo védico


Existe um mistério profundo por trás do comportamento e da atitude do filósofo védico. Trata-se de um mistério que se revela naturalmente no coração de quem mergulha emsharanagati (palavra sânscrita que significa ‘rendição plena’ ou ‘entrega plena’). Toda vez que refletirmos sobre esta palavra, poderemos visualizar duas entidades experimentando um relacionamento especial: a pessoa que se entrega ou se rende e a pessoa a quem a primeira se entrega ou se rende. Que motivo teria a primeira pessoa para se render plenamente à segunda? Na resposta a esta pergunta está a raiz do mistério profundo já mencionado.

Voltemos ao nosso filósofo védico.

Na Índia, os filósofos em geral são conhecidos como munis, sendo tradicionalmente aceitos como os membros mais importantes da sociedade por representarem o princípio de orientação e harmonização do sistema social. Ao formularem códigos de pensamento através dos quais o homem logra evoluir material e espiritualmente, os munisimortalizam sua obra e consolidam a tarefa da preservação da verdade superior. No entanto, a ilusão do muni reside em achar que pode acessar esta verdade por seus próprios méritos intelectuais.

O filósofo védico é um muni diferente simplesmente porque não propõe o seu sistema de filosofia. Em virtude de seu sadhana e de outras práticas espirituais, bem como de seu entendimento da importância deguru-tattva (a verdade transcendental relativa ao papel do mestre espiritual), o filósofo védico é sobretudo um mantenedor da riqueza filosófica dos Vedas eternos sob sua forma original. Não lhe interessam modismos, influências circunstanciais, interpretações tendenciosas da sabedoria védica e tantos outros elementos que vão surgindo na história do pensamento humano e se distanciando cada vez mais da Fonte.
No relacionamento especial por conta de sharanagati, o filósofo védico é a primeira pessoa (aquela que se entrega ou se rende plenamente), e a segunda pessoa é a Fonte. Na verdade, a Fonte é a Primeira Pessoa, ou  Adi Purusha em sânscrito. Toda a vida e obra do filósofo védico gira, portanto, em torno da intenção de demonstrar ao observador atento e de mente aberta que:
1.    Somos todos partes integrantes da Pessoa Suprema, ou Deus;
2.    Tanto como Deus, somos pessoas eternas qualitativamente iguais a ele e quantitativamente diferentes d’Ele;
3.    A Pessoa Suprema é shaktiman, o Energético ou Fonte Primordial, e tudo mais é Sua shakti, ou energia;
4.    Inteligência verdadeira significa entender que, por trás de tudo na existência, há um princípio pessoal, reflexo do Supremo Princípio Pessoal;
5.    Embora sejamos emanações da Pessoa Suprema, Ele sempre permanece o Todo Supremo inalterável;
6.    A inalterabilidade é uma qualidade do plano espiritual, onde vive a Pessoa Suprema com Seus companheiros eternos;
7.    A partir de sharanagati, começamos a mergulhar na ananda(bem-aventurança) ilimitada de nosso relacionamento eterno com a Pessoa Suprema;
8.    Yoga verdadeiro é sinônimo de relacionamento pessoal com a Pessoa Suprema;
9.    O objetivo da filosofia védica é ajudar-nos a conhecer Deus, de modo que possamos nos relacionar com Ele.
Concluindo, o filósofo védico não é adepto de um sistema filosófico-religioso sectário e regionalista. O filósofo védico sempre existiu em todas as culturas do planeta – mas jamais procurou chamar a atenção de outra pessoa que não o próprio Deus. E é aí que reside o mistério profundo de seu contentamento.



Prof. Marcio Pombo (Mahakala Dass)

marciolimapp@aol.com
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os 24 Gurus de Dattatreya

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Os 24 Gurus de Dattatreya


Dattatreya era absolutamente livre de intolerância ou preconceitos de qualquer tipo. Ele aprendia a sabedoria de qualquer fonte que viesse. Todos os que buscam a sabedoria devem seguir o exemplo de Dattaterya.

Uma certa vez o rei Yadu avistou Dattaterya que estava caminhando alegremente pela floresta. Ao ver tamanha felicidade, Yadu perguntou à Dattatreya o nome de seu Guru. Dattatreya por sua vez disse à Yadu: "Somente Atma é meu Guru, porém obtive a sabedoria de 24 indivíduos, logo estes são meus Gurus:"

1 - Terra
2 - Água
3 - Ar
4 - Fogo
5 - Céu
6 - Lua
7 - Sol
8 - Pombo
9 - Jibóia
10 - Oceano
11 - Mariposa
12 - Abelha coletora
13 - Abelha
14 - Elefante
15 - Veado
16 - Peixe
17 - Dançarina
18 - Corvo
19 - Bebê
20 - Donzela
21 - Cobra
22 - Artesão
23 - Aranha
24 - Besouro


1 - Eu aprendi paciência e a fazer o bem para os outros através da Terra, pois ela suporta cada ofensa que o homem comete em sua superfície e assim mesmo lhe faz o bem ao produzir os frutos, grãos, etc.

2 - Da água eu aprendi a qualidade da pureza. Assim como a água pura limpa os outros, também o sadhu, que é puro e livre do egoísmo, luxúria, raiva, ganância, etc; purifica todos aqueles que entram em contato com ele.

3 - O ar está sempre se movendo através de vários objetos, mas ele nunca se apega a nenhum deles; então eu aprendi do ar a ser não-apegado, mesmo movendo-me com muitas pessoas neste mundo.

4 - Assim como o fogo brilha ao queimar, assim também o sadhu deve resplandecer com esplendor do seu conhecimento e Tapas (Austeridade).

5 - O ar, as estrelas, as nuvens, etc estão todos contidos no céu, mas o céu não entra em
contato com nenhum deles. Eu aprendi do céu que Atma é todo-penetrante e ainda assim não tem contato com nenhum objeto.

6 - A lua é em si mesmo completa, mas parece aumentar ou diminuir, de acordo com a sombra da terra por sobre ela, que varia. Disto eu aprendi que Atma está sempre perfeito e imutável e que são somente os Upadhis (corpos) ou adjuntos limitantes que sobrepõem sombras sobre Ele.

7 - Assim como o sol, refletido em diversos potes de água, aparece como muitas diferentes
reflexões, assim também, Brahman aparece em diferentes formas por causa dos Upadhis causados por sua reflexão através da mente. Esta lição eu aprendi do sol.

8 - Certa vez vi um casal de pombos com seus filhotes. Um passarinheiro jogou uma rede e capturou os jovens pássaros. A mãe pombo estava muito apegada a seus filhotes. Ela não se importava em viver, então entrou na rede e foi capturada. O pombo macho era apegado a pomba fêmea, logo ele também caiu na rede e foi capturado. Disto eu aprendi que o apego era a causa do cativeiro (Samsara).

9 - A jibóia não se move para obter comida. Ela contenta-se com o que quer que ela capture e fica deitada em um lugar somente. Disto em aprendi a ser não me preocupar com comida e a me contentar com o que quer eu consiga pegar para comer (Ajahara Vritti).

10 - Assim como o oceano permanece imóvel mesmo que centenas de rios desemboquem nele, assim também o homem sábio deve permanecer imóvel entre os diversos tipos de tentação, dificuldades e problemas. Esta é a lição que eu aprendi do oceano.

11 - Assim como a mariposa, sendo atraída pelo brilho do fogo, cai dentro dele e se queima, assim o homem passional que se apaixona por uma linda garota chega à tristeza. Controlar o sentido da visão e fixar a mente no Ser é a lição que eu aprendi da mariposa.

12 - Assim como a abelha-coletora suga o mel de diferentes flores e o suga de somente uma flor, assim eu também pego um pouco de comida de uma casa e um pouco de outra e assim apasigüo minha fome (Madhukari Bhiksha ou Madhukari Vritti). Eu não sou um fardo para os chefes-de-família.

13 - As abelhas coletam o mel arduamente, mas o caçador vem e pega o mel com facilidade. Do mesmo modo, as pessoas acumulam riquezas e outras coisas com grande dificuldade, mas eles têm que deixar todas elas quando partem ou quando o Senhor da Morte as chama. Disto eu aprendi a lição de que é inútil acumular coisas.
14 - O elefante macho, cegado pela luxúria, cai dentro de um buraco coberto por folhas ao simples vislumbre de uma elefoa feita de papel. Ele é capturado, acorrentado e torturado pelo caçador. Do mesmo modo os homens passionais caem nas armadilhas das mulheres e são levados à tristeza. Logo deve-se destruir a luxúria. Esta é a lição que eu aprendi do elefante.

15 - O veado é seduzido e capturado pelo caçador através de seu amor pela música. Do mesmo modo, um homem é atraído pela música da mulher de caráter duvidoso e é levado a destruição. Não deve-se ouvir canções libertinosas. Esta é a lição que eu aprendi do veado.

16 - Assim como o peixe é cobiçoso pela comida e é vítima fácil de uma isca, assim também, o homem que é ganancioso por comida, e permite que seu sentido da gustação o domine, perde sua independência e é facilmemte arruinado. A ganância por comida deve estão ser destruída. Esta é a lição que eu aprendi do peixe.

17 - Havia uma dançarina chamada Pingala na cidade de Videha. Ela estava cansada de
procurar por clientes uma noite. Ela ficou sem esperanças. Então ela decidiu permanecer contentada com o que ela tinha e dormiu suavemente. Eu aprendi desta mulher caída a lição de que o abandono de esperanças leva ao contentamento.

18 - Um corvo pegou um pedaço de carniça. Ele foi perseguido e surrado por outros pássaros. Ele deixou o pedaço de carniça cair e então obteve paz e descanço. Disto eu aprendi a lição de que um homem mundano passa por todos os tipos de problemas e desgraças quando ele corre atrás da satisfação dos sentidos e torna-se tão feliz como o pássaro que abandona os prazeres sensuais.

19 - O bebê que suga o leite é livre de todas as preocupações e ansiedades e está sempre alegre. Eu aprendi esta virtude de um bebê.

20 - Os pais de uma jovem donzela sairam em busca de um pretendente apropriado para ela. A garota estava sozinha em casa. Durante a ausência dos pais, uma comitiva de pessoas foi até a casa com o mesmo propósito. Ela mesmo recebeu a comitiva. Ela foi para dentro para debulhar o arroz com casca. Enquanto ela estava debulhando, os braceletes de vidro em suas mãos fizeram um ruido estridente. E sábia garota então refletiu: "A comitiva irá perceber, pelo barulho dos braceletes, que eu estou debulhando o arroz sozinha e que minha família é muito pobre para contratar outros para ter o trabalho feito. Deixe-me quebrar todos os braceletes, deixando apenas dois em cada mão." Então ela quebrou todos os braceletes deixando apenas dois em cada mão. Ainda assim os braceletes criavam muito barulho. Então ela quebrou mais um bracelete em cada mão. Não havia mais barulho e então ela prosseguiu o debulhar. Eu aprendi da experiência desta garota o seguinte: "Vivendo em meio a muitos causaria discórdia, pertubações e brigas. Mesmo entre duas pessoas podem haver palavras desecessárias ou conflitos. O asceta ou Sannyasi deve permanecer sozinho na solidão.

21 - Uma cobra não constrói o seu buraco. Ela habita nos buracos perfurados pelos outros. Do mesmo modo um asceta ou Sannyasi não deve construir uma casa para ele. Ele deve viver nas cavernas ou templos construídos pelos outros. Esta é a lição que eu aprendi da cobra.

22 - A mente de um artesão estava totalmente focada em afiar e plainar uma flecha. Enquanto ele estava engajado neste trabalho, um rei passou em frente ao seu estabelecimento com toda sua comitiva. Após algum tempo, um homem veio até o artesão e perguntou-lhe se o rei havia passado por sua loja e o artesão respondeu que não havia percebido nada. O fato era que o a mente do artesão estava unicamente absorta em seu trabalho e então ele não notou a passagem do rei em frente a sua loja. Eu aprendi deste artesão a qualidade da intensa concentração da mente.

23 - A aranha produz de sua boca longos fios as tece em uma teia. Ela mesmo acaba ficando presa na teia que acabara de tecer por si só. Do mesmo modo, o homem faz uma teia de suas próprias idéias e fica emaranhado nelas. O homem sábio deve então abandonar todos os pensamentos mundanos e pensar em Brahman unicamente. Esta é a lição que eu aprendi com a aranha.

24 - O besouro captura um verme, coloca-o em seu ninho e lhe dá uma picada. O pobre verme, sempre temeroso do retorno do besouro e da picada, e pensando constantemente no besouro, se torna o besouro em si próprio. O que quer que seja que um homem pense constantemente, ele atinge no curso do tempo. Assim como um homem pensa, ele então se torna. Eu aprendi do besouro e do verme a me tornar o Atma ao contemplar constantemente Ele e então abandonar todo o apego ao corpo e atingir Moksha ou libertação.

O Rei Yadu ficou imensamente impressionado pelos ensinamentos de Dattaterya. Ele abandonou o mundo e praticou constante meditação no Ser.



Swami Sri Sivanandaji Maharaj
Texto extraído do livro "Lives of Saints"
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